Consideradas como um grave problema de saúde pública no Brasil, as hepatites virais é uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves, que na maioria das vezes se apresentam de forma silenciosa, entretanto, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), somente neste ano, 53 pessoas foram acometidas pela doença no Estado do Tocantins, sendo 04 pessoas infectadas pela ign/branco, 04 hepatite A, 23 pela hepatite B e 22 pela hepatite C.
Para o Gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis da SES-TO, Francisco Teixeira Neto, “é muito importante falarmos, divulgarmos e informarmos sobre Hepatites Virais por diversos motivos: primeiro porque as Hepatites Virais são prioridades de gestão para o Ministério da Saúde brasileiro, que se comprometeu junto a OMS em eliminar a Hepatite C até o ano de 2030; segundo porque as Hepatite Virais representam um dos agravos transmissíveis que compõe o rol de doenças em eliminação no país; terceiro porque são doenças incapacitantes, que reduzem a qualidade de vida das pessoas e podem levar a óbitos precoces”.
Segundo o Ministério da Saúde, as hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.
“Além de tudo isso, é importante informar que as Hepatites Virais são doenças que podem ser prevenidas pelo autocuidado, pelo sexo seguro, pela boa higiene pessoal e alimentar e principalmente, que os tipos A e B são também doenças imunopreveníveis. Estas informações precisam ser disseminadas para a população de forma rotineira e intensa. E por isso, em caso de suspeita, procure a Unidade de Saúde mais próxima para investigação da causa da sintomatologia referida. Daí as condutas sequenciais se darão conforme a situação e os achados diagnósticos”, acrescentou o Gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis da SES-TO, Francisco Teixeira Neto.
Trabalho e apoio
A vigilância das Hepatites Virais vem sendo intensificada no estado do Tocantins com a discussão para a elaboração da Linha do Cuidado, integrando todos os pontos da Rede de Atenção à Saúde e possibilitando um acesso mais inclusivo dos usuários aos serviços assistenciais que atendem o portador de Hepatites Virais.
“O trabalho é focado no repasse de informações quanto ao manejo clínico da doença, as formas de diagnóstico e notificação oportuno dos casos. Além disso, destacamos a distribuição de insumos, sejam insumos de prevenção como preservativos, testes rápidos para diagnóstico precoce e oportuno e, principalmente vacinas, que fazem parte do calendário vacinal da criança, do adolescente, do adulto e da terceira idade. Além disso, a SES atua no apoio matricial aos municípios com o propósito de qualificar as informações produzidas, intensificar o diagnóstico e tratamento de pacientes e parceiros”, disse o Gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis da SES-TO, Francisco Teixeira Neto.
Os medicamentos utilizados em caráter regular pelos pacientes também tiveram uma mudança quanto ao fluxo de acesso, atualmente são distribuídos nos SAEs – Serviços de Atenção Especializados, que no Tocantins funcionam em 05 municípios a saber: Palmas, Araguaína, Porto Nacional, Paraíso e Gurupi.
A doença
As hepatites virais são doenças causadas por diferentes tipos de vírus classificados pelas letras A, B, C, D, e E. A hepatite A está relacionada às condições de saneamento básico e higiene. A infecção é leve e existe vacina. A hepatite B é transmitida por contato sexual e sanguíneo, a melhor forma de prevenção é a vacina e o uso de preservativos.
Já a principal forma de transmissão da hepatite C é por contato sanguíneo e não existe ainda vacina para esta doença. A Hepatite D está associada à presença do vírus tipo B, podendo ser concedida imunidade para a hepatite D indiretamente com a vacina contra a hepatite B. A hepatite E tem como principal forma de transmissão a via fecal-oral, a melhor forma de prevenção é a melhoria das condições de saneamento básico e higiene.
Data
Em 28 de julho é comemorado o Dia mundial de luta contra as hepatites virais, data que reforça a importância da prevenção e controle dessa doença que tem aumentando o número de casos em todo o mundo.
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