Mais de 30% da população mundial sofre de doenças alérgicas respiratórias, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). As alergias acontecem quando os anticorpos ou linfócitos reagem de forma exagerada ao entrar em contato com algumas substâncias. Os tipos mais comuns de reações alérgicas são rinite alérgica, asma, sinusite, dentre outras. O governo por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) alerta a população sobre sintomas e tratamento.
Todos os anos, a Organização Mundial de Alergia (WAO) destaca um tema da doença que necessita de maior sensibilização pública em todo o mundo. Este ano a WAO elegeu a alergia alimentar como tema de destaque para a Semana Mundial da Alergia, que acontece de 18 a 24 de junho.
O ambulatório de alergia e imunologista do Hospital Geral de Palmas (HGP) é referência e atende diversas crianças com alergias respiratória e alimentar, de todo o Estado. Segundo a responsável pelo ambulatório pediátrico, Jeanilde Coimbra, “cerca de 98 crianças fazem acompanhamento mensalmente na unidade para tratamento de alergia. Os pais precisam se atentar a temporada de baixa umidade”, explicou.
Segundo a médica imunoalergista pediátrica do HGP, Raquel Baldaçara, “as principais alergias tratadas na unidade hospitalar são alergias respiratórias como asma, alergia alimentar, principalmente de leite de vaca, ovo, trigo, soja, castanhas, peixes, crustáceos, alergias a insetos himenópteros (abelhas, vespas, formigas), anafilaxias incluindo anafilaxias idiopáticas (sem causa definida), urticárias crônicas, dermatite atópica, alergias a medicamentos e acompanhamento de sequelas de farmacodermias graves como Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, acompanhamento de erros inatos da imunidade (imunodeficiências primárias)”.
Ela explica ainda que atualmente, são mais de 400 tipos diferentes de imunodeficiências primárias que requerem diagnóstico rápido e tratamento específico. “Realizamos também testes de provocação a alimentos e medicamentos, infusão de imunoglobulinas em pacientes com imunodeficiências primárias e estamos acompanhando pacientes que foram submetidos em grandes centros, transplante de medula óssea por imunodeficiência primária combinada grave”.
A Iolanda Alves é mãe do Pedro Henrique, uma das diversas crianças que recebem o atendimento no ambulatório pediátrico. “Tem quatro anos que meu filho trata alergia no HGP. O hospital oferece uma assistência de qualidade, com bons profissionais. Me passa segurança como mãe de criança que precisa de cuidados especiais. Ter um serviço como este pelo SUS para nós é um privilégio”.
Diagnóstico
Para o diagnóstico da alergia é importante considerar a história clínica da pessoa. Ela deve informar ao especialista sobre as condições ambientais que o rodeiam (residência, trabalho, contato com animais etc.), os fatores desencadeantes de sintomas, antecedentes familiares de alergia, entre outros. Os métodos mais utilizados no diagnóstico da causa da doença são testes cutâneos, determinação de IgE ou RAST e testes de provocação.
Tratamento
O tratamento dos processos alérgicos é fundamentado na identificação do fator ou fatores desencadeantes das crises. Para isso, são realizados diversos exames e testes. Por esse motivo, esses são considerados os procedimentos padrão na pesquisa de um quadro alérgico.
Os cuidados para o tratamento das alergias incluem medidas de controle ambiental e medicação para o controle dos sintomas. Nos casos em que existe indicação clínica, a Imunoterapia Específica (tratamento com vacinas de alergênicos) tem demonstrado melhora nos sintomas e na evolução natural da doença.
Prevenção
É importante observar as condições ambientais que o rodeiam (casa, trabalho, contato com animais etc.), assim como os fatores desencadeadores dos sintomas e os antecedentes familiares de alergia, dessa forma, será mais fácil identificar o tipo de alergia.
Em geral, é importante evitar aquelas situações que de forma repetida provoquem reações alérgicas. Evitar o contato com o alérgeno é a melhor maneira de prevenir a reação alérgica.
Sinais de alerta
Doenças como rinite, rinossinusite, conjuntivite, bronquite, dermatite, angioedema, urticária, esofagite (inflamação do esôfago), gastrite e gastroenterites podem ser induzidas por alergias. Além disso, as mesmas podem provocar quadros tão graves como choque e parada cardiorrespiratória.
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