O governador em exercício de São Paulo, Felício Ramuth, anunciou a criação do Centro de Operações de Emergência (COE), em coletiva realizada nesta terça-feira (6), para intensificar o combate à dengue no estado.
O decreto estabelece a colaboração entre sete secretarias e a Casa Militar em uma ação conjunta, principalmente com a participação ativa dos municípios.
A primeira medida no âmbito do COE foi a liberação imediata de R$ 200 milhões em recursos da Secretaria da Saúde para serem utilizados diretamente pelos municípios, com o suporte técnico do recém-criado Centro de Operações de Emergência.
Durante a coletiva, Ramuth destacou a importância da proximidade entre o governo estadual e os prefeitos, ressaltando que eles possuem um conhecimento aprofundado sobre as realidades de suas cidades.
O investimento em saúde na rede de emergência ficará a cargo dos prefeitos, que terão autonomia para decidir onde direcionar os recursos, considerando as necessidades específicas de cada município.
Outras Medidas
A Defesa Civil, em parceria com outros estados, está realizando ações planejadas para conter a proliferação do mosquito transmissor da dengue, com reuniões estratégicas envolvendo coordenadores de Defesa Civil do Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
O objetivo, segundo o órgão, é criar um cinturão de proteção no estado, antecipando medidas para combater a doença de forma eficaz.
Paralelamente às ações emergenciais, o Instituto Butantan está desenvolvendo uma vacina contra a dengue, que está na fase 3, com potencial para ser, segundo o governador, uma das melhores do mundo.
Situação Epidemiológica
O secretário estadual da Saúde, Dr. Eleuses Paiva, apresentou dados epidemiológicos que revelam um aumento de 60% no número de notificações de casos de dengue em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Segundo o secretário, em caso de arboviroses, especificamente dengue, uma epidemia é caracterizada quando há mais de 300 casos por 100 mil habitantes, sendo que mais de 30 regiões do estado apresentam essas condições.
“Podemos observar que os limites fronteiriços do Estado de São Paulo estão sob grande pressão. Se fosse uma guerra, estaríamos sendo atacados em todos os nossos limites”, disse Paiva.
“As divisas com o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, são as regiões em que o número de casos já é bastante significativo”, concluiu o secretário.
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