A operação Tabernus, desencadeada na manhã desta terça-feira (11), com foco na repressão à corrupção e ao crime organizado no sistema prisional mineiro, resultou na prisão de 25 pessoas sendo que 14 delas são agentes públicos.
Segundo as investigações, eles atuavam como uma rede criminosa que facilitava a entrada de drogas, equipamentos de comunicação e objetos ilícitos para o Complexo Penitenciário de Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira. Esses objetos eram comercializados dentro dos presídios por valores muito acima dos praticados pelo mercado.
Entre os 14 agentes públicos detidos, estão dez policiais penais, três servidores administrativos da Sejusp e, ainda, um sargento do Exército Brasileiro. Outros seis servidores públicos que não tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça foram afastados cautelarmente dos cargos.
“Essa operação enaltece o trabalho dos bons profissionais do sistema prisional mineiro, que são maioria. Demonstra como o Governo de Minas e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública buscam combater, de forma incessante, a corrupção e a criminalidade”, destacou o diretor-geral do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, Leonardo Badaró.
As investigações da prática criminosa dentro dos presídios mineiros começaram há mais de um ano dentro da própria Secretaria de Justiça e Segurança Publica, com apoio do Gaeco/JF,
Elas apontavam a prática de corrupção ativa e passiva, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro dentro das unidades prisionais, com a articulação de agentes da segurança pública, servidores administrativos das unidades prisionais, traficantes de drogas, presos e pessoas com vínculos familiares e sociais com o grupo.
Os presos responderão por crimes como tráfico de drogas, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos 27 mandados de prisão e 36 mandados de busca e apreensão e mandados de sequestro de veículos e de bloqueios de valores superiores a R$ 13 milhões.
Mais de 300 policiais participaram da operação, entre Policiais militares, civis, penais e rodoviários federais, além de servidores da Controladoria Setorial da Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP).
A ação foi coordenada pela Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), por meio da Agência Central de Inteligência e do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Juiz de Fora (Gaeco/JF) com participação de servidores do Gaeco-RJ, Coordenadoria de Inteligência do Ministério Público do Rio de Janeiro, e apoio do Gaeco da cidade mineira de Visconde do Rio Branco.
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