O varejo do Rio Grande do Sul perde diariamente R$ 3,4 bilhões por conta das chuvas que pararam o estado desde o final de abril, segundo estudo do Ibevar– FIA Business School.
Os números mostram que o prejuízo para as empresas varejistas gaúchas pode chegar a R$ 50,8 bilhões com a interrupção das atividades durante duas semanas.
O Rio Grande do Sul é a quarta maior economia do país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021 – último ano com dados estaduais -, o Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho era de cerca de R$ 581 bilhões.
As perdas contabilizadas pelo varejo em 15 dias, portanto, representariam cerca de 8,7% da economia estadual.
O estudo considerou as principais cidades e regiões afetadas pelas enchentes, como Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Guaíba, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Sapucaia do Sul.
Essa estimativa, contudo, representa apenas um recorte, reforça Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School.
“Além de afetar o Rio Grande do Sul, as enchentes no estado trazem impacto para a economia brasileira como um todo, em diversos setores, sobretudo no varejo”, afirma.
Dados do govenro do gaúcho mostram que quase 96% do estado foi afeitado pelas chuvas até a semana passada, totalizando cerca de 2,4 milhões de pessoas.
“Do ponto de vista pessoal, vai ter um custo enorme”, pontua Claudio Considera, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) estima que serão necessários de R$ 110 bilhões a R$ 176 bilhões para reconstrução da infraestrutura perdida no estado por conta das chuvas.
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