Foi realizado na manhã desta quinta-feira (23) o lançamento da Chamada Pública para Seleção de Projetos do “Conexões Transformadoras”, um projeto executado pelo Instituto Meio em parceria com o Governo do Tocantins, por meio do Programa Produtos da Terra, Suzano e BNDES. A iniciativa tem como principal objetivo o fortalecimento dos arranjos produtivos prioritários do Bico do Papagaio.
Devido à agenda no exterior, o secretário de Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Carlos Humberto Lima, foi representado pelo superintendente de apoio às micro e pequenas empresas, Carlos Antônio.
O projeto “Conexões Transformadoras”, como bem definido pelo nome, busca conectar esses atores institucionais para transformar a realidade de produtores rurais de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade econômica. Como foi apontado pela presidente da Cooperativa da Produção e da Comercialização dos Produtores Familiares do Tocantins (Cooafeto), Domingas Alves.
“O projeto vai melhorar muito a comercialização, a produção já tem um pouco. A maior dificuldade é com a comercialização.Vai ser um avanço para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores, é um benefício que vem em boa hora”, disse.
Entre os parceiros envolvidos no projeto, a Suzano ressalta seu papel social na luta contra a pobreza, em especial no Bico do Papagaio, onde a empresa tem presença há pelo menos uma década.
“A Suzano tem uma meta de retirada de pessoas da pobreza, até 2030, então esse tipo de parceria e arranjo é fundamental para que a gente consiga impactar mais gente e os recursos sejam bem direcionados. Esse edital “Conexões Transformadoras”, para nós da Suzano, é um momento importante e um marco de atuação territorial unindo várias instituições e entidades”, explica André Becher, Gerente de Sustentabilidade da Suzano.
O fortalecimento das cadeias produtivas
A Chamada Pública dá início à uma nova etapa do Conexões Transformadoras, tendo passado por estudos que analisaram as potencialidades que a região oferece, como explica a Técnica do Projeto do BNDES, Luciana Chaves.
“Foram priorizadas, nesse primeiro momento, a partir dos diagnósticos que o Instituto Meio realizou, a produção de apicultura/meliponicultura, a mandiocultura e fruticultura. A ideia é que esse apoio faça conexão às redes de comunidades, que apoiem diretamente as comunidades envolvidas e que foque em gargalos de produção, de beneficiamento ou de comercialização”, disse a técnica.
Vale destacar que o Bico do Papagaio é a primeira região a ser contemplada pelo projeto e que há previsão para que mais duas sejam beneficiadas nos próximos meses, sendo o Jalapão e o Sudeste do Tocantins as áreas escolhidas. “Os próximos Editais serão lançados em junho ou julho, estamos terminando a fase de diagnóstico para identificar quais são os arranjos produtivos locais que nós iremos apoiar. Essa é uma etapa muito importante para a gente focar nesses arranjos produtivos que tenham a maioria das associações e cooperativas ligadas e que, eventualmente, podemos fazer a diferença com o investimento, destravando o desenvolvimento dessas cadeias produtivas”, esclarece o presidente do Instituto Meio, Lars Diederichsen.
Esse projeto vai de encontro com a iniciativa do Governo do Tocantins de descentralizar as indústrias tocantinenses e fomentar as agroindústrias, de forma que o Estado possa reduzir a desigualdade entre municípios.
“Na Agrotins, o Governador Wanderlei Barbosa lançou o programa “Produtos da Terra”, que estimula o desenvolvimento socioeconômico sustentável e trabalha justamente com os micro e pequenos produtores. Apesar do lançamento recente, o programa já se encontra bastante encaminhado em suas ações e é a partir dele que nós estamos apoiando e fomentando essa iniciativa do “Conexões Transformadoras”, cujos recursos para a contrapartida provêm do Fundo de Desenvolvimento Econômico do Tocantins (FDE-TO)”, explica o superintendente Carlos Antônio.
Carlos Antônio ainda ressalta a importância do trabalho voltado para esse público. “Quando se trata dos pequenos produtores, devemos entender seu lado e conhecer suas limitações. Fomentar essas cadeias produtivas é a melhor forma de combater os bolsões de desigualdade que o Tocantins, infelizmente, ainda possui. Precisamos ser estratégicos e fazer com que o desenvolvimento socioeconômico chegue aos 139 municípios”, finaliza o representante da Sics.
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