A China sinalizou em reunião bilateral na segunda-feira (29/12) com representantes do governo brasileiro que deverá criar uma tarifa para importação de carne bovina de 55%, e cotas para a importação de carne bovina sem tarifa, afirmaram duas fontes a par das conversas.
Segundo a sinalização dada pelo governo chinês, o Brasil deverá ficar com a maior cota de importação de carne, de 1,1 milhão de toneladas ao ano.
A segunda maior cota deverá ser concedida à Argentina, de 510 mil toneladas. Também deverão ser criadas cotas para a carne do Uruguai (320 mil toneladas), Austrália (200 mil toneladas), Nova Zelândia (200 mil toneladas) e Estados Unidos (160 mil toneladas).
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) avaliará se pressiona o governo a aplicar a Lei de Reciprocidade Econômica, caso considere que a tarifa extra-cota está muito elevada ou se considerar que cota está muito baixa, conforme apurou o Valor. Cogita-se a possibilidade de aplicar restrições às importações de carros elétricos chineses.
A expectativa é que a China oficialize os detalhes nesta quarta-feira (31/12).
Procurada, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Bovina (Abiec) disse que aguarda o anúncio por parte da China para se posicionar.






