O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), no Paraná, atingiu, pela primeira vez em sua história, uma movimentação de 1,6 milhão de TEU’s (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) em um ano. A expectativa da companhia é fechar o balanço de 2025 com um aumento de pelo menos 5% em comparação com 2024, chegando a 1,63 milhão de TEU’s
No agro, dados da própria TCP apontam uma participação de 30% nas exportações de cargas conteinerizadas de carne bovina. Na carne de frango, se mantém em 40%. Em cargas secas, como feijão e gergelim, o TCP calcula uma participação ainda maior em comparação com outros produtos do setor, chegando a 70%.
“Projetamos crescimento e o agronegócio puxando esse desempenho, como aconteceu nos últimos anos. Vemos um cenário positivo e, conforme ocorrem aberturas de mercado, vemos esse crescimento acontecer”, explica o gerente comercial, de logística e atendimento, Giovanni Guidolin.
O executivo explica que a estratégia da companhia é antecipar investimentos em capacidade e eficiência operacional, pensando em demandas adicionais futuras. Nos últimos cinco anos, a TCP, empresa que administra local, aplicou mais de R$ 500 milhões em obras de infraestrutura e aquisição de equipamentos.
No ano passado, inaugurou um pátio reefer (para contêineres refrigerados) com mais de 5,2 mil tomadas, que afirma ser o maior do segmento na América do Sul. Esse tipo de carga é o que tem maior relevância no movimento do terminal.
“Na carne bovina, dois anos atrás, nossa participação era de 13%. É um produto importante pelo valor agregado e pelo volume, e que há uma tendência de migração de cargas de outros terminais”, afirma.
Em novembro deste ano, a TCP recebeu autorização para operar com um calado de até 13,3 metros de profundidade, o que permite carregar as embarcações com até 400 TEU’s a mais. O anterior era de 12,8 metros. Atualmente, podem atracar navios de contêiner com até 366 metros de comprimento.
“Clientes e exportadores crescem cada vez mais e os terminais precisam trabalhar em otimizações para garantir a movimentação de carga. Quem tem essa gestão consegue melhor qualidade de serviço atendendo maior volume”, explica Guidolin.
A estratégia da TCP leva em conta ainda uma expectativa de crescimento do uso da ferrovia. O terminal tem uma linha de acesso direto por via férrea. Atualmente, chegam pelo modal entre 18% e 20% do total exportado, com tendência de alta.
“Antecipar investimentos é que estamos fazendo ano a ano, para, quando o crescimento acontecer, tenhamos estrutura adequada para receber essa carga”, diz ele.






