Neste final de semana, artistas, mobilizadores sociais e representantes do poder público se reuniram para discutir a atuação política e cultural do hip-hop tocantinense no I Encontro Estadual da Cultura Hip-Hop Tocantins, no Ponto de Cultura Casa do Artesão de Taquaruçu. A abertura na tarde do sábado, 18, contou com a presença do coordenador do Escritório de Representação do Ministério da Cultura no Tocantins, Cícero Belém, do gerente de convênios da Secretaria da Cultura (Secult), Tales Monteiro, e do representante da Câmara Setorial de Artes Visuais do Conselho de Políticas Culturais do Tocantins, Elpídio de Paula.
O evento, que buscou promover o debate sobre as necessidades e interesses do movimento, também foi um momento de reflexão e celebração da cultura hip hop no Tocantins. A programação incluiu performances, exposições e roda de conversa. “Para o Ministério da Cultura é de grande importância a escuta, construção e fortalecimento desse diálogo visando maior eficácia na efetivação de políticas públicas culturais que possam impulsionar o segmento do Hip Hop gerando mais oportunidades para a juventude”, enfatizou Cícero Belém.
A Secult foi representada pelo gerente de convênios, Tales Monteiro, que participou da roda de conversa no sábado, 18. “É uma alegria poder participar do 1º Encontro Estadual da Cultura Hip-hop e ver a organização desse movimento para construção da política nacional dessa cultura. O movimento do Tocantins está organizado e com definição de objetivos muito acertado, o que deve gerar bons frutos dessa luta”, disse Tales.
O encontro contou com a participação de caravanas de Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Palmas. Os movimentos sociais focados em negritude, questões de gênero e violência também estiveram presentes. “Os quatro elementos do hip hop puderam se expressar livremente e apresentar as suas demandas para o setor cultural do estado, isso foi o mais importante”, destacou Elpídio de Paula.
O objetivo do encontro foi fortalecer a atuação política do hip-hop dentro das políticas públicas de cultura. “Buscamos promover a inclusão cultural das comunidades periféricas, marginalizadas e negras por meio da linguagem do movimento. O encontro destacou os interesses e necessidades do movimento hip-hop para melhor desenvolver suas atividades culturais nas comunidades, além de engajar a juventude no fazer da arte e na cultura”, disse o membro da comissão organizadora do evento e facilitador do GT Tocantins da Construção Nacional da Cultura Hip-Hop, Erval Benmuyal.
Com 90 inscritos e ampla participação do público, o encontro demonstrou a força e a relevância da iniciativa para a cultura local e estadual. A comissão organizadora trabalha na redação do documento final do encontro, que apontará as contribuições e encaminhamentos discutidos para que sejam divulgados os anseios da comunidade hip-hop tocantinense.
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