O lançamento da plataforma de e-commerce Mulheres Empreendedoras da
Amazônia (https://empreendedorasdaamazonia.com/) ocorreu na manhã desta
terça-feira, 9, no saguão da Assembleia Legislativa do Tocantins
(Aleto). A ação integrou a programação da 1ª Feira Cultural de
Artesanato Mulheres Empreendedoras da Amazônia e contou com o apoio
institucional da Aleto, parceira do projeto.
Idealizadora da iniciativa, a artista e produtora cultural Núbia Dourado
destacou que a proposta busca ampliar a visibilidade da produção
artesanal dos povos originários, indígenas e quilombolas do Tocantins.
Segundo ela, a plataforma representa um avanço no fortalecimento do
empreendedorismo feminino, permitindo que as criações das artesãs
ultrapassem fronteiras e alcancem novos públicos.
Durante o evento, foram expostas peças produzidas com capim-dourado,
sementes, palha de buriti e itens da bioeconomia, como farinha de baru,
farinha de pequi, licores e garrafadas naturais — grande parte já
disponível para compra no site.
“A ferramenta funciona por meio de um modelo de comércio justo,
permitindo que as artesãs comercializem seus produtos diretamente ao
consumidor, sem intermediários, garantindo mais autonomia financeira”,
afirmou Núbia.
O deputado Professor Júnior Geo (PSDB) ressaltou que a iniciativa abre
um espaço estratégico para valorizar e promover o artesanato
tocantinense, ao ampliar políticas públicas e eliminar atravessadores.
“Precisamos fortalecer ações como esta. Os produtos que vêm da terra
carregam a tradição e a vivência dos povos originários, são sustentáveis
e impulsionam a bioeconomia”, destacou.
A feira reuniu representantes de diversas comunidades e etnias, entre
elas artesãos das aldeias Novo Horizonte, Rio Sono, Recanto Krité,
Piabanha e Porteira, do povo Xerente; da aldeia Manuel Alves, etnia
Krahô, de Itacajá; das aldeias Canoanã e Txuiri, do povo Javaé, na Ilha
do Bananal; além da comunidade quilombola Barra da Aroeira, de Santa
Tereza, no Jalapão.
Também fizeram uso da palavra representantes indígenas, quilombolas e a
diretora de Área da Comunicação da Aleto, Wanja Nóbrega, que reforçaram
a importância do apoio do poder público a ações que ampliem a
visibilidade das produções culturais tradicionais do Estado,
fortalecendo e promovendo a cultura ancestral do Tocantins.







