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Home Saúde

“É possível gerar vidas saudáveis”, conta mãe de 4 filhos que tem HIV

Metrópoles por Metrópoles
08/12/2025
em Saúde
Tempo de leitura: 6 minutos
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Foto; Arquivo Pessoal

Foto; Arquivo Pessoal

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Durante muitos anos, o diagnóstico do HIV foi visto como uma barreira definitiva para quem desejava ter filhos. O medo da transmissão para o bebê, o estigma social e a falta de informação afastaram muitas pessoas do direito ao planejamento familiar.

Mas a ciência mudou esse cenário. Hoje, com carga viral indetectável, acompanhamento médico e técnicas modernas de reprodução assistida, a gestação tornou-se uma possibilidade real, segura e cada vez mais comum para pessoas soropositivas.

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Segundo especialistas, conceitos como o indetectável = intransmissível (I=I) e métodos como fertilização in vitro, inseminação intrauterina e lavagem seminal abriram caminho para que famílias fossem formadas com risco mínimo de transmissão.Play Video

Em muitos centros brasileiros, quando a gestante vive com HIV e segue o tratamento corretamente, as chances de transmissão vertical ficam abaixo de 1%, algo impensável décadas atrás.

Entre as histórias que mostram a força desses avanços está a de Jessica Rodrigues Mattar, 34 anos, moradora de Juiz de Fora (MG), que vive com HIV e é mãe de quatro filhos — dois deles concebidos após o diagnóstico.

Jessica descobriu o HIV em um dos momentos mais difíceis de sua vida. Ela havia ficado internada por 30 dias devido a uma hemorragia intensa que parecia menstruação, quando suas plaquetas chegaram a apenas 15 mil, quando o normal é entre 150 mil e 450 mil.

“Desconfiavam de leucemia, púrpura, lúpus… eu pesquisava sintomas no Google e o HIV aparecia. Perguntei se tinham feito exame e não tinham. Fiquei com medo, mas tomei coragem de fazer”, lembra.

Mãe de Isadora, 16 anos, e Isabella, 13, Jéssica tem uma rotina puxada entre o trabalho na internet e os cuidados com a casa. O diagnóstico trouxe medo, especialmente a dúvida sobre ter transmitido o vírus a parceiros anteriores. “Entrei em contato com todos, graças a Deus deu negativo. Minha dúvida maior era se eu iria viver bem”, lembra.

O início do tratamento foi o período de negação e adaptação, mas o resultado veio rápido: com dois meses, ela já estava indetectável, condição que mantém até hoje. Foi nesse contexto que, sem planejamento, veio o primeiro bebê após o diagnóstico.

Como se tornar indetectável?

A pessoa que vive com HIV pode se tornar indetectável ao manter o uso contínuo e correto da terapia antirretroviral (TARV), que impede o vírus de se multiplicar no organismo.

Com o tratamento diário, a quantidade de HIV no sangue cai a níveis tão baixos que não aparece nos exames convencionais. Esse processo pode acontecer em poucos meses, dependendo da resposta individual, e é fundamental para preservar a saúde, fortalecer a imunidade e impedir a transmissão.

“A Maria Eduarda é meu positivo de vida. A camisinha estourou com três meses de relacionamento. Ele ficou com medo, mas fizemos os testes e deu tudo certo. Dia 6 de maio de 2022 completei um ano de tratamento e, seis dias depois, descobri a gravidez”, lembra Jéssica.

Sete meses após o nascimento da menina, uma troca de cartela de anticoncepcional resultou em outra surpresa: André. Durante as gestações, Jessica seguiu o tratamento normalmente.

Tanto Maria Eduarda quanto André fizeram testagens ao nascer e após um ano — todos os resultados foram negativos. O único impedimento foi a amamentação, substituída pelo leite fornecido pelo governo.

Apesar da vivência positiva no sistema de saúde, o preconceito veio da internet, com comentários como “tadinha das crianças” e “mãe irresponsável”. “O preconceito é pior que o HIV”, lamenta. Ainda assim, Jéssica reforça sua mensagem: “Fazendo o tratamento direitinho, é possível gerar vidas saudáveis. Existe vida pós-diagnóstico.”

Técnicas de reprodução segura

O ginecologista e obstetra Waldemar Carvalho, membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), explica que a combinação entre terapia antirretroviral, carga viral indetectável e acompanhamento adequado transformou o cenário da reprodução.

Carvalho destaca: “Quando a mulher está com carga viral indetectável, em uso regular de antirretrovirais e com boa imunidade, ela praticamente não transmite o vírus ao parceiro. Já para o bebê, o risco pode ficar abaixo de 1% quando todos os cuidados são seguidos.”

O especialista reforça que os métodos de reprodução assistida são usados principalmente quando há infertilidade, como acontece com qualquer casal. Contudo, para casais sorodiferentes ou soroconcordantes, a técnica pode ser indicada também como estratégia adicional de segurança.

A técnica de lavagem de sêmen, por exemplo, separa os espermatozoides das células que podem conter o HIV. Segundo o médico, obtém-se uma amostra majoritariamente composta por espermatozoides, com índice muito baixo ou indetectável de HIV para realizar o processo.

Já a indetectabilidade é o grande divisor de águas. “Quando o parceiro está em tratamento adequado e indetectável, a taxa de transmissão em relações desprotegidas é praticamente zero. Isso transformou nossa forma de lidar com reprodução e HIV”, conclui.

Durante a gestação e no parto

Acompanhamento conjunto com infectologista, monitoramento da carga viral e adesão à medicação são indispensáveis. A decisão entre parto vaginal ou cesariana depende de critérios obstétricos — exceto quando a carga viral está alta. Mas a amamentação ainda não é recomendada.

“Mesmo indetectável, o vírus pode ser transmitido pelo leite materno. Por isso, a orientação no Brasil continua sendo não amamentar”, diz.

Para o médico, o principal objetivo de falar sobre o assunto é combater o estigma. “Pessoas vivendo com HIV são completamente capazes de construir uma família com segurança quando têm acompanhamento adequado”, afirma.

No Brasil, cerca de 86% das mulheres soropositivas estão em idade reprodutiva, e um terço delas deseja engravidar. Mesmo assim, a falta de informação e o preconceito ainda afastam muitas do direito de planejar seus filhos.

Trazer o tema à luz é fundamental para combater preconceitos e reafirmar que a maternidade e a paternidade são direitos de todos. Histórias como a de Jessica mostram que a ciência avançou. O desafio agora é garantir que a informação correta chegue a quem precisa.

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