Dezembro costuma transformar a paisagem, com os dias mais longos e mais quentes, dezembro costuma transformar a paisagem de forma silenciosa, mas muito evidente para quem observa os jardins: as horas extras de luz e o aumento do calor fazem várias espécies “despertarem” com força.
Segundo a bióloga Melina Alvarez, “é um mês em que muita planta parece ganhar ritmo, elas respondem rápido aos dias mais longos e entram na floração com mais facilidade”.
A especialista diz que hibiscos, lantanas, ixoras, alamandas e bougainvilleas respondem diretamente ao fotoperíodo mais longo. Em regiões mais frescas, gérberas se mantêm produtivas, enquanto no Sul as hortênsias chegam ao auge. Também florescem com intensidade anuais como zínias, calêndulas, cosmos e tagetes, além do sapatinho-de-judia.
Além das plantas que florescem naturalmente no período, algumas espécies se tornaram parte da paisagem de dezembro por motivos culturais e comerciais. A poinsétia (bico-de-papagaio) é a mais conhecida e muito usada em decorações natalinas. Amarílis e lírios aparecem com frequência em arranjos, e hortênsias seguem tradicionais em regiões serranas.
Entre as nativas que ganham destaque no início do verão estão manacá-da–serra, quaresmeira, caliandra e ipê-mirim.
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Cuidados no calor
O aumento da temperatura e a radiação mais intensa podem afetar mesmo as flores que preferem sol. Para reduzir danos a especialista recomenda:
- Regar pela manhã ou fim da tarde.
- Manter o solo com boa quantidade de matéria orgânica.
- Evitar água diretamente sobre flores e folhas.
- Usar meia-sombra em áreas muito quentes.
Espécies como gérberas, poinsétias, lírios e hortênsias são mais sensíveis e exigem atenção extra para evitar queimas ou murcha precoce.
Arranjos de fim de ano com flores da estação
Para arranjos que conversem com a época e tenham boa durabilidade, Melina recomenda priorizar flores que estão no pico de floração em dezembro. Para composições de estética tropical, espécies como helicônias, hibiscos, gingers e orquídeas tropicais funcionam bem.
Já quem busca um visual natalino tradicional pode apostar em poinsétias, amarílis, lírios e hortênsias. E, para arranjos que valorizam a flora nativa, opções como manacá-da-serra, quaresmeira, caliandra e ipê-mirim garantem cor e identidade brasileira.
Combinações frequentes:
- Amarílis + lírios + folhagens verdes.
- Helicônias + gingers + folhas grandes.
- Orquídeas brancas + galhos secos.
- Manacá-da-serra + bromélias + folhagens tropicais.
Para prolongar a vida dos arranjos, a bióloga sugere retirar folhas que ficariam submersas, usar conservante simples (1 litro de água + 1 colher de açúcar + 1 gota de água sanitária) e manter longe do sol direto.
Atenção aos pets
Lírios, amarílis e poinsétias são tóxicos para cães e gatos. Para casas com animais, são mais adequadas espécies como gérberas, orquídeas, helicônias e bromélias.







