Representantes da sociedade civil de Miracema do Tocantins marcaram presença na 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras 2025, realizada em Brasília, reunindo centenas de milhares de mulheres negras de todas as regiões do país e da diáspora africana. A mobilização, que integra uma das maiores articulações contemporâneas de mulheres negras no Brasil, destacou o tema “Por Reparação e Bem-Viver”, reafirmando o compromisso coletivo com a luta antirracista, o enfrentamento à violência e a reivindicação por políticas públicas estruturantes. Entre os participantes da comitiva de Miracema estiveram o Pontão de Cultura Viração, o Instituto Art Afro e a Colônia de Pescadores de Miracema, organizações reconhecidas por sua atuação comunitária, cultural e social em defesa de direitos, identidades e territórios tradicionais.
A Marcha Nacional das Mulheres Negras é um movimento histórico que se consolidou em 2015, quando mais de 100 mil mulheres ocuparam a Esplanada dos Ministérios para denunciar o racismo, o sexismo e a violência sistemática que impactam a vida da população negra. Em sua segunda edição, o evento alcançou projeção ainda maior e reuniu cerca de 300 mil manifestantes, reafirmando a centralidade das pautas por reparação histórica, proteção às vidas negras, garantia de direitos básicos e fortalecimento das políticas públicas voltadas às mulheres negras, quilombolas, indígenas, ribeirinhas, pescadoras, trabalhadoras domésticas e outras categorias frequentemente invisibilizadas.
A participação da delegação de Miracema simboliza um marco importante para o Tocantins. Ao integrar a marcha, as organizações locais levaram para o debate nacional as vozes de mulheres negras do interior, que enfrentam desafios estruturais relacionados ao acesso a direitos, à valorização cultural e à sobrevivência de modos de vida tradicionais. Para o Pontão de Cultura Viração, o Instituto Art Afro e a Colônia de Pescadores, o ato político representa a oportunidade de reafirmar suas pautas, fortalecer alianças e evidenciar que a luta por dignidade e justiça atravessa todos os territórios — das periferias urbanas às pequenas cidades ribeirinhas. A presença dessas instituições também destaca a relevância das comunidades pescadoras e culturais na construção de políticas inclusivas, antirracistas e comprometidas com o bem viver.
Durante a marcha, as representantes de Miracema integraram rodas de diálogo, espaços formativos e manifestações culturais que reafirmaram a ancestralidade e a potência das mulheres negras como protagonistas das transformações sociais no Brasil. A delegação retornou ao Tocantins trazendo reflexões, articulações e o compromisso de fortalecer ainda mais as ações locais de combate ao racismo, de promoção da igualdade racial e de valorização das culturas negras e tradicionais.
A participação de Miracema do Tocantins na 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras reforça que a luta por reparação histórica e bem viver não se concentra apenas nas grandes capitais, mas pulsa com força também no interior do país. A presença das organizações locais levou a Brasília a energia, a diversidade e a resistência das mulheres negras miracemenses, reafirmando que o futuro da justiça social no Brasil se constrói com a participação ativa de todos os territórios.
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