A Polícia Civil de Mato Grosso (PCMT) deflagrou, na manhã dessa quarta-feira (26/11), a Operação Patrocínio Infiel para prender uma advogada de 47 anos apontada como líder de um esquema complexo de estelionato e falsificação de documentos em Cuiabá.
A ação também mirou uma comparsa que se apresentava como corretora de imóveis.
O cumprimento dos mandados ocorreu com acompanhamento da Comissão de Prerrogativas da OAB-MT, dada a natureza da atividade exercida por uma das investigadas.
Segundo a Delegacia Especializada de Estelionatos, as duas mulheres articulavam negociações fraudulentas para enganar vítimas com falsas vendas de imóveis, contratos simulados, termos de arrendamento fabricados e até planilhas de pagamentos produzidas para dar aparência de legalidade às transações.
As investigações mostraram que documentos ideologicamente falsos eram usados para induzir vítimas a acreditar em negócios inexistentes.
A Justiça autorizou um mandado de prisão preventiva contra a advogada, outro contra a suposta corretora e dois mandados de busca e apreensão. A falsa corretora, porém, não foi localizada no endereço.
Prisão no escritório
A advogada foi encontrada no próprio escritório, deixando a sala enquanto falava ao telefone. Policiais civis fizeram a abordagem e cumpriram o mandado de prisão preventiva no local.
Na sala da investigada, os agentes apreenderam um celular, uma CPU e uma grande quantidade de papéis relacionados a negócios imobiliários fraudulentos e movimentações suspeitas envolvendo várias pessoas físicas e jurídicas.
Todo o material será encaminhado para análise pericial.
Histórico de golpes desde 2013
A suspeita tem um histórico extenso de crimes contra o patrimônio. A Polícia Civil identificou mais de 60 boletins de ocorrência registrados contra ela desde 2013, sempre envolvendo fraudes, estelionatos e uso de documentação falsa.
Em 2024, a mesma advogada foi presa em flagrante ao tentar aplicar um golpe dentro de um cartório, usando documentos falsificados na venda de um apartamento. Na ocasião, ela foi liberada após audiência de custódia.
Segundo o delegado Vinícius Nazário, a reincidência reforça a necessidade da prisão preventiva neste novo caso.







