O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse à coluna que decidiu não ir ao evento organizado pelo governo para a sanção do projeto que isenta quem ganha até R$ 5 mil de pagar Imposto de Renda. Mesma decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Com cara de campanha eleitoral, o Planalto preparou uma solenidade para anunciar a medida, com potencial de alavancar a candidatura de Lula a um quarto mandato.
O problema é que o clima pesou, e o evento será marcado pela ausência dos presidentes da Câmara e do Senado, o que significa estragar a festa. Ao invés de o assunto do dia ser a sanção, a crise política tomará conta do noticiário.
As consequências já estão dadas. A ausência é o mesmo que colocar no papel o rompimento, de vez, do diálogo entre governo e Congresso.
Atacado pelo gabinete do ódio do PT nas redes sociais e por ministros de Lula nas últimas semanas, Motta rompeu com o líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), e sua ausência fala mais do que mil palavras.
Já Alcolumbre se sentiu desprestigiado ao saber pelo jornais que Lula impôs o nome de Jorge Messias para o Supremo preterindo o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
E não é só isso, como diz aquela velha propaganda de faca. Lula chamou para o mesmo evento o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o deputado Arthur Lira (PP-AL). Inimigos políticos em Alagoas, os dois relataram, cada um na sua Casa Legislativa, a proposta e não ficaram nada satisfeitos em dividir o protagonismo da medida. Os dois confirmaram presença no evento.







