Com a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliados deram início, nesta semana, a uma ofensiva para pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar um projeto de lei de “anistia ampla e irrestritva”.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e parlamentares da sigla se reuniram nessa segunda-feira (24/11), em Brasília. Após o encontro, o senador Flávio Bolsonaro (RJ) afirmou a jornalistas que está fora de cogitação discutir a redução das penas, como propõe o relator do Projeto de Lei (PL) da Dosimetria, Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
Flávio também evitou comentar sobre quem será o sucessor de Bolsonaro. Segundo o parlamentar, o nome será anunciado pelo próprio ex-presidente.Play Video
O projeto ainda não tem parecer e permanece parado há mais de um mês, após perder espaço para outras pautas, como o PL Antifacção.
- Aliados de Bolsonaro iniciam ofensiva para pressionar Hugo Motta a pautar o PL da Dosimetria diante da prisão preventiva do ex-presidente;
- Projeto relatado por Paulinho da Força segue sem parecer e escanteado há mais de um mês;
- PL rejeita discutir redução de penas e insiste em anistia “ampla e irrestrita”, apesar da sentença de 27 anos e 3 meses contra Bolsonaro.
Antes de Bolsonaro ser preso preventivamente pela Polícia Federal (PF), no sábado (22/11), Motta chegou a sinalizar positivamente a retomada do debate sobre a proposta. No entanto, diante do desgaste enfrentado, tanto popularmente quanto entre os pares, com a aprovação de textos como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, é pouco provável que ele queira se indispor em um ano pré-eleitoral.
Prisão de Bolsonaro
A Polícia Federal, respaldada pela Procuradoria-Geral da União (PGR), apontou risco de fuga de Bolsonaro diante da vigília convocada por Flávio em frente ao condomínio onde o pai mora. A PF afirmou que a aglomeração poderia criar condições favoráveis para uma tentativa de fuga.
O ex-presidente foi sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF em setembro.
A decisão de Moraes também menciona a violação da tornozeleira eletrônica. Um vídeo que consta dos autos, gravado por uma servidora do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), mostra Bolsonaro confessando ter utilizado um ferro de solda para queimar o dispositivo preso ao tornozelo. A tornozeleira precisou ser trocada durante a madrugada, horas antes da operação da PF.







