Assim como no primeiro dia desta semana, a terça-feira (11/11) foi marcada pela estabilidade no mercado pecuário. Das 33 praças monitoradas pela Scot Consultoria em todo o país, 24 não registraram mudanças nas cotações do boi gordo.
Apenas nove locais tiveram aumentos de preços. No Rio Grande do Sul, a cotação da arroba do boi gordo subiu, acompanhando a tendência que já se verificava no Estado. O movimento decorreu de uma oferta contida e de uma demanda aquecida por carne bovina. No sul da Bahia também houve alta nos preços, com a oferta de gado menor e os frigoríficos pagando mais pela arroba.
Nas praças pecuárias paulistas, referências para o mercado, as cotações não mudaram na comparação diária. Em Araçatuba (SP) e Barretos (SP), o preço do boi gordo seguiu a R$ 320 a arroba para o pagamento a prazo. A firmeza dos preços esteve sustentada por uma oferta contida que, embora atendesse à demanda, não gerava excedentes.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacou que o confinamento brasileiro tem espaço para aumentar sua rentabilidade quando comparado a outros países importantes. A média Brasil, calculada pelo Cepea, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), mostra rentabilidade de 5,6% para os confinamentos. Já a média Tortuga/DMS aponta rendimento de 9,4%.
Os resultados são positivos, especialmente quando comparados aos de concorrentes como EUA (-4,7%) e Austrália (-3,3%), que tiveram rentabilidade negativa, conforme dados da rede internacional Agri Benchmark.
No entanto, segundo o Cepea, ainda há potencial de crescimento. Outros players importantes registraram índices bem superiores aos brasileiros, destacando-se a China (15,1%), o Uruguai (14,8%) e o Peru (16,3%). “Isso sinaliza que há margem para o confinamento nacional avançar em eficiência e resultados financeiros”, destaca o Centro de Estudos.







