Belém – O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que a pasta pretende investir em ferrovias e estimular a troca das frotas de caminhões movidos a Gás Natural Liquefeito (GNL). Ele concedeu entrevista ao Metrópoles nesta segunda-feira (10/11), durante a abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), no Pará.
“O Brasil está em máxima histórica de investimentos em ferrovias. Eu acho que as ferrovias são fundamentais para o desenvolvimento do país, por um lado, e para a redução da emissão de carbono, por outro. Há ainda um terceiro motivo muito importante: quando você tira a carga de um caminhão e coloca num trem, você garante mais segurança para quem trafega nas rodovias de automóvel, seja individual ou de ônibus”, afirmou Renan.
Ele completou: “Além da Transnordestina, que tem hoje 5 mil pessoas trabalhando nela, há a Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste), que tem 8 mil trabalhadores, e na MRS, na Rumo, numa nova ferrovia ligando ao estado do Mato Grosso. Ou seja, o Brasil vive uma máxima histórica de investimento em ferrovias”.
Sobre o problema causado pela emissão de CO² pelos caminhões, Renan Filho afirmou que a pasta quer estimular a troca da frota das empresas por unidades movidas a gás. De acordo com o ministro, o trabalho do Ministério dos Transportes ocorre no sentido de viabilizar essa mudança, no quesito de infraestrutura nas rodovias.Play Video
“O problema é que é preciso levar infraestrutura para outras partes do Brasil. Um caminhão a GNL precisa, por exemplo, sair de São Paulo e chegar a Belém — e, no caminho, tem que encontrar postos que ofereçam abastecimento em GNL. Por isso, nós construímos os corredores azuis, que vão levar GNL e carregadores elétricos para essas rotas”, explicou.
De acordo com o ministro, o foco inicial será o GNL para caminhões e, depois, os carregadores elétricos para carros convencionais. “Os corredores azuis já estão em implementação, e o primeiro posto está pronto na cidade paraense de Parauapebas. Esse será o primeiro de 50. Assim, o caminhão poderá sair de São Paulo com GNL e reduzir em até 30% as emissões”, disse Renan Filho.
Segundo o titular da pasta, “várias dessas companhias que estão aqui na COP têm compromissos ESG, de sustentabilidade, mas não conseguem cumprir porque a frota brasileira é majoritariamente a diesel”.







