Dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta sexta-feira (17), mostram que 7% dos brasileiros acima de 15 anos não sabem ler e escrever um bilhete simples, isso corresponde a 11,4 milhões de pessoas. No Censo 2010, a taxa de analfabetismo era de 9,6%.
Em 1940, quando se iniciou o Censo, esse número era de 56%. Ou seja, percebe-se uma redução progressiva da taxa de analfabetismo no país com o passar das décadas.
Veja a taxa de analfabetismo de cada Censo:
- 1940: 56%
- 1950: 50,5%
- 1960: 39,6%
- 1970: 33,6%
- 1980: 25,5%
- 1991: 20,1%
- 2000: 13,6%
- 2010: 9,6%
- 2022: 7%
Taxa de analfabetismo é maior entre indígenas:
Segundo o Censo, indígenas têm a maior taxa de analfabetismo, com 15,1% do grupo sem saber ler ou escrever. Esse número representa 10,1% na comunidade preta e, 8,8%, na parda. As pessoas de cor branca e amarela tiveram as menores taxas de analfabetismo, 4,3% e 2,5%, respectivamente. Ou seja, as taxas de analfabetismo de pretos e pardos são mais que o dobro das dos brancos, e a de indígenas é quase quatro vezes maior.
Taxa de analfabetismo por região:
O analfabetismo na Região Nordeste continuou sendo o dobro da média nacional. A região registrou 14,2% de pessoas analfabetos no Censo de 2022, a média nacional é de 7%. Em 2010, as taxas eram, respectivamente, 19,1% e 9,6%. É a região com a taxa de analfabetismo mais alta do país.
Depois do Nordeste, vem a região Norte, com 8,2% da população analfabeta. Na região Centro-Oeste e na Sudeste, esse número é de 5,1% e 3,9%, respectivamente. A Região Sul continuou com a menor taxa de analfabetismo, com 3,4% em 2022.
Por unidade da federação, as maiores taxas de analfabetismo foram registradas em Alagoas (17,7%) e no Piauí (17,2%). As menores foram registradas em Santa Catarina (2,7%) e no Distrito Federal (2,8%).
Em relação à taxa de analfabetismo pelo tamanho do município, o número foi abaixo da média nacional somente nas cidades acima de 100.000 habitantes. As maiores taxas foram encontradas no Nordeste, que reuniu 22 dos 25 municípios selecionados. As maiores taxas estão nas classes de até 10 mil habitantes, todos do Piauí.