Por Fábia Lázaro / Mais Assessoria
Nesta terça-feira, 09, a partir das 9h, o público poderá conhecer e adquirir peças exclusivas de artesanato em capim-dourado, sementes e palha do buriti, além de produtos da bioeconomia, como farinha de baru, farinha de pequi, licores e garrafadas naturais. Todos os produtos são produzidos por mulheres indígenas e quilombolas do Tocantins.
Os itens estarão reunidos na 1ª Feira Cultural de Artesanato – Mulheres Empreendedoras da Amazônia, realizada no hall da Assembleia Legislativa do Tocantins.
Durante o evento, será lançada oficialmente a plataforma digital empreendedorasdaamazonia.com.br, que funcionará como um espaço de comercialização de produtos artesanais e de divulgação das histórias inspiradoras das empreendedoras locais. A ferramenta opera por meio de um modelo de comércio justo, permitindo que as artesãs vendam diretamente aos consumidores, sem intermediários, garantindo maior autonomia financeira.
O projeto conta com fomento do programa Mover-se na Web, uma iniciativa do NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR) e do Ceweb.br, que promove o desenvolvimento de soluções de impacto social para a Web aberta.
A plataforma representa um marco no incentivo ao empreendedorismo feminino, permitindo que as criações das artesãs ultrapassem fronteiras e alcancem novos públicos.
A feira reunirá representantes de diversas comunidades e etnias, incluindo artesãos das Aldeias Novo Horizonte, Rio Sono, Recanto Krité, Piabanha e Porteira, do Povo Xerente; da Aldeia Manoel Alves, da etnia Krahô, de Itacajá; da Aldeia Canoanã, Txuiri, do Povo Javaé, da Ilha do Bananal; e da comunidade quilombola Barra da Aroeira, de Santa Tereza, na região do Jalapão.
Cada peça exposta carrega histórias, técnicas ancestrais e a força de mulheres que fazem da arte uma forma de resistência e geração de renda.
A programação também contará com o show musical Belezas do Tocantins, do mestre Missim da Viola de Buriti, reconhecido por manter viva a tradição da viola de buriti do Jalapão.
Idealizadora do projeto, a cantora e empreendedora social Núbia Dourado destaca que adquirir uma peça vai muito além de consumir um produto:
“Ao comprar qualquer artesanato, você leva consigo um fragmento da história, da cultura e da força desses povos. É um gesto de apoio direto à renda, ao reconhecimento e ao protagonismo de mulheres que transformam tradição em futuro.”
A iniciativa, promovida pelo Instituto Terra Dourada, celebra a força criativa dos povos tradicionais e valoriza a economia sustentável, conectando identidade, ancestralidade e inovação.
O evento conta com o apoio da Assembleia Legislativa do Tocantins, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Prefeitura Municipal de Santa Tereza, Prefeitura Municipal de Itacajá e Câmara Municipal de Tocantínia.







